Uma resposta aos seguidores do Voz da Verdade
- siteagape41
- 25 de ago
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Atualizado: 9 de set

Sabemos que a Igreja Evangélica Voz da Verdade tem professado, nos últimos anos, uma variante da fé unicista conhecida como Sabelianismo Modal.
Essa heresia não é nova. Podemos dizer que se trata de um tipo modalista de monarquianismo. Os adeptos dessa crença defendem que a Divindade é composta de uma única pessoa, que interage com a humanidade em “modos” diferentes: às vezes como Pai, outras vezes como Filho, e ainda outras como Espírito Santo.
O proponente dessa heresia foi excomungado, e sua doutrina, que passou a ser conhecida como sabelianismo, foi oficialmente condenada ainda no terceiro século, cerca de cem anos antes do Concílio de Niceia.
Minha referência ao Concílio de Niceia aqui se dá apenas para ancorar a história e evitar que defensores dessa heresia digam que a Trindade foi “inventada” nesse concílio. Fica claro, portanto, que Sabélio e sua doutrina modalista foram expulsos da Igreja mais de cem anos antes do Concílio de Niceia.
Dito isso, gostaria de considerar apenas um de muitos textos que deixam clara a existência do conceito de pluralidade na Divindade.
Para isso, analisaremos dois versículos do Evangelho de João:
João 8.54
“Jesus respondeu: Se eu me glorifico a mim mesmo, a minha glória não é nada; quem me glorifica é meu Pai, o qual dizeis que é vosso Deus.”
Nesse texto, Jesus deixa claro que, se Ele glorificasse a Si mesmo, essa glória não teria valor algum.O verbo “glorifico”, usado ali, é flexão do verbo grego dóxa, que significa “glória”. Sendo assim, Jesus está afirmando que, se glorificasse a Si próprio, essa glória não teria validade.
O segundo texto, ainda no mesmo Evangelho, é:
João 17.5
“E agora, glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse.”
O verbo utilizado nesse texto é exatamente o mesmo verbo grego dóxa, em outra flexão por conta da concordância com o sujeito na oração. Sendo a mesma palavra grega, o significado permanece idêntico. Aqui, Jesus está em oração, falando com o Pai, e pede que o Pai O glorifique com a mesma glória que Ele já tinha com o Pai antes que houvesse mundo.
Análise das declarações de Jesus:
João 8.54 – Jesus entende que, se Ele mesmo Se glorificasse diante dos homens, essa glória não teria valor algum.
João 17.5 – Em oração, Jesus pede ao Pai que O glorifique com a mesma glória que já possuía junto d’Ele antes da fundação do mundo.
Colocadas as questões e apresentados os textos, fica muito claro que Jesus e o Pai não podem ser a mesma pessoa. Se fossem, em João 17.5 Jesus estaria orando a Si mesmo, pedindo a Si mesmo que O glorificasse – atitude que Ele mesmo condenou em João 8.54.
Sendo assim, precisamos entender: ou Jesus estava orando a Si mesmo, pedindo a Si mesmo que O glorificasse (contrariando o que Ele próprio afirmou), ou podemos reconhecer que Jesus e o Pai são pessoas distintas, e que Ele estava orando ao Pai pedindo que O glorificasse, tornando assim Sua glória válida.
Existem muitos outros textos que mostram com clareza que Jesus não é o Pai, mas em outros estudos poderemos oportunamente abordar cada passagem, analisando com cuidado, para crescermos cada vez mais na fé.





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